Barack Obama matou uma mosca. Não sete. Uma. Virou notícia de primeira página. Okay, foi mesmo impressionante: http://www.youtube.com/watch?v=5rbUH_iVjYw.
No Guardian, meu jornal preferido que sempre me faz rir, Lucy Mangan, que sempre me faz rir, descreveu oito maneiras de matar uma mosca. A número um está aqui:
“(...)The Barack Obama method
Brush the buzzing irritant that is not Hilary away and try to continue with your task. When the fly persists, stop. Gather your thoughts and energies. Focus. Bring the fly to land on your left hand by sheer force of will. Fascinate the fly with your charm and charisma. As it gazes at you with its red compound eyes, raise your right hand and slap it down upon the enthralled insect. Sit back in silent acknowledgement of the fact that you are not just part-black, part-white, part-messiah but also part zen-freaking master. (...)”
Horas depois de ler o jornal, escutava eu a Radio Four (BBC – só falam, não tocam música - I am part nerd-freaking weird) quando o assunto entrou na programação. O locutor anunciou: Obama killed a fly... bladibla... e então chamou seu convidado, Professor de Filosofia da Universidade de Cambridge. Que fique claro: a palavra ‘Professor’ em inglês é título para o cargo mais prestigiado dentro do mundo acadêmico. Este senhor foi chamado para responder a seguinte pergunta: tudo bem em matar uma mosca? Sim, as moscas são parasitas e matá-las é instintivo. Moscas podem ser mortas sem maiores implicacões morais – foi a reposta. Não, eu não estou brincando.
Anos atrás meu marido trabalhou em um curta metragem na Espanha. Na volta ele montou um showreel (portfolio, mas de filmes) que incluia uma cena deste filme, em que uma senhora rabugenta vê uma barata andando em cima da mesa. Corta para ela levantando uma concha de sopa para matá-la. Perguntada minha opinião eu disse: sinto falta da parte em que a barata aparece morta. Problema. Eles haviam realmente matado a barata. Poderia causar polêmica. Tive que explicar: baratas não tem direito a vida! Os espanhóis da equipe se preocuparam com isso? Não. Claro que não! Onde tem baratas todo o mundo sabe disso! Até hoje não tenho certeza se o conceito foi completamente absorvido pelo norueguês com quem divido uma casa há oito anos, em uma cidade inglesa onde baratas não existem.
25 June 2009
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